terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Valdomiro


Valdomiro, amigo Miro,
admiro o teu mirar.
Vejo belas cataratas,
um Niágara no teu olhar,
ondas de amor, "Torrentes
de Paixão", rios, correntes
te arrastando, te afogando,
e eu sem bote pra te salvar.

Valdomiro, você mira,
mia a me procurar.
Vejo no céu da tua boca
holofotes e radares
sempre à caça dos meus beijos,
mil rajadas de desejos,
astro rastreando meu rastro
pela noite pra se iluminar.

Acho válido, bonito,
o "vale-tudo" de amar.
O teu vale de amor é puro
como flor, luar,
como história de criança...
Chego a ter uma esperança
de um dia de repente, sorridente
então poder te amar.

Mas, querido, eu não me inspiro.
Me perdoa, não vai dar.
Já tentei, já fiz de tudo,
fui ao fundo procurar.
Fiz de lado, fiz de frente
- até a dança-do-ventre.
Mas deu tudo errado,
um sonho mais ousado
ocupa o lugar.

Miro, enquanto você mira
e admira o meu mirar,
miro ETs, outras esferas,
miro o Centro da Terra.
Quero ver intraterrenos,
meu e-mail a eles dar.
Eu preciso é de mudança,
nova dança pra lançar no ar.

Nenhum comentário:

Postar um comentário